psicanálise foi gestada na Europa, em uma época e um território distantes de muitas experiências vivenciadas no Brasil, o que faz indagar sobre as especificidades da prática psicanalítica no encontro com o nosso país. Aqui, o leitor terá acesso a uma psicanálise dita à brasileira, de muitos sotaques e que se movimenta entre contradições, alianças e resistências. A partir das margens daquele que foi forjado como centro, o berço europeu do movimento psicanalítico, uma psicanálise em diálogo não submisso com o legado freudiano.
Na coletânea "Psicanálise à brasileira", ela carrega os sobrenomes ginga, lundu, parangolé, capoeira, maxixe e carnaval, significantes que questionam a pretensão de pureza na psicanálise e os riscos de sua subserviência epistêmica.
Os quatorze ensaios aqui reunidos celebram a contribuição de psicanalistas brasileiros, propondo teorias que refletem a complexidade e a riqueza das experiências no nosso território.