A construção do imaginário social tem como pano de fundo a concepção eurocêntrica, na qual o projeto de colonização inseriu em nossa cultura o conceito de inferioridade, em que a exploração, a violência e a submissão reverberam na atualidade. O objetivo desta pesquisa foi investigar os fragmentos da trajetória de vida dos professores de educação física e a sua possível contribuição para o desenvolvimento das relações e atividades com os alunos com deficiência. A simplificação formativa em relação aos alunos com deficiência foi apontada pelos participantes como o maior problema em relação às possíveis adaptações a serem realizadas na sua aula, pois a busca pelas informações referentes a estes alunos ocorreu a partir das necessidades vivenciadas pelos próprios profissionais, no dia a dia das suas ações, não se constituindo em proposição direta da Secretaria de Educação, tampouco das Instituições Formadoras. Diversas são as lacunas que contribuem para atitudes excludentes, os valores defendidos e propagados pela sociedade, a constituição do ambiente escolar como parte dessa sociedade, os valores pessoais desse professor que foram forjados por essa sociedade e fortalecidos pelo espaço escolar, o convívio familiar, no qual não ocorre a valorização das diferenças, e o Ensino Superior, que muitas vezes reforça as pseudoverdades dos seus alunos.