Nesse thriller, a narrativa compacta e bastante visual mistura suspense, mistério e fantasia num ritmo frenético e cinematográfico, que se passa em um curto espaço de tempo.
Distopia ou utopia?
Impossível não se deixar levar pelo universo criado pelo autor, que, com muita habilidade, bom humor e ironia, nos envolve em um enredo com pegada de mistério policial, pitadas de prosa poética e um erotismo elegante nessa temerária história de amor, enquanto traz uma reflexão ficcional sobre os mundos imaginários e idealizados, em que pessoas, desenganadas pela ciência, religião e política, dão o que resta da vida para terminar com algo que parecia não ter fim: a corrupção no país.
Uma trama ágil e fluida, capaz de envolver o leitor já a partir das primeiras páginas.
Rubem Glück, um jovem escritor festejado por sua literatura voltada para o público juvenil, incapaz de criar vilões em suas histórias, sofre de um inusitado transtorno: tem dificuldade para escolher produtos em prateleiras, definir qual será o seu jantar ou que sabonete usar para tomar banho. Por essa razão, é obrigado a furtar o carrinho de compras de alguma pessoa no supermercado, pagar e levar para a casa produtos escolhidos por um desconhecido.
Agora imagine que esse escritor, justamente por causa desse distúrbio, de súbito se veja envolvido e apaixonado por uma bela jovem vegana, Emily de Cheshire, que o seduz para uma história de um amor impossível e perigoso e o arrasta para dentro de uma organização de vingadores em uma jornada alucinante.