No período compreendido por esta antologia, temos os melhores cultores do soneto em língua portuguesa, em mais de cinco séculos de poesia. Ao lado de Sá de Miranda, Camões, Gregório de Matos, Bocage, Machado de Assis, Augusto dos Anjos, Florbela Espanca, Fernando Pessoa, temos dezenas de outros autores que se notabilizaram nessa forma poética que nunca deixou de ser praticada, prova de que o poder de expressão do soneto permanece vivíssimo nos domínios da criação artística. O bom soneto fica soando em nossos ouvidos muito tempo depois da leitura. Daí o organizador desta antologia, Miguel Sanches Neto, defini-lo, na apresentação, como "ritmo preciso que pensa". Eis a razão desta magia, que faz do soneto um formato literário que há séculos conquista sucessivas gerações de leitores.