O Pequeno Príncipe se mantém, desde seu lançamento em plena Segunda Guerra Mundial, na posição do livro francês mais vendido e mais traduzido de todos os tempos, com versões para trezentos idiomas, sendo superado apenas pela Bíblia. Isso porque o caráter universal desta fábula singular de Antoine de Saint-Exupéry tem conquistado gerações sucessivas de leitores em todos os quadrantes do mundo, confirmando o valor imorredouro de sua mensagem de amor, compaixão, tolerância, otimismo, perseverança e autoconhecimento.
Saint-Exupéry, tal qual em seu livro, era piloto de aviões. Após um pouso forçado no deserto do Saara na África, o aviador se vê com água para apenas oito dias de consumo e uma pane no motor de sua aeronave a ser consertada. Imaginando estar sozinho em meio aquele mar de areia sem fim, eis que recebe a visita de um ilustre jovem vindo do planeta Asteroide B612. Começa assim a maior aventura da dupla.
Dotado de uma energia de outro mundo, o menino contou ao aviador acidentado tudo sobre seus três vulcões (um deles extinto, mas nunca se sabe), sua flor e seus baobás. Pediu um carneiro, ao que foi prontamente atendido. Contou como amava ver o pôr do sol e irradiou-se ao lembrar de quando assistiu 44 deles em um único dia. Contou tudo sobre cativar uma raposa. Contou sobre sua ida a outros planetas onde conheceu um rei, um bêbado, um empresário, um vaidoso, um geógrafo e um acendedor de lampiões. Até chegar à Terra, onde conheceu o nosso amigo aviador.
É sabido que os adultos são seres estranhos, dotados de limitações e preconceitos bobos. É sabido também que as crianças precisam ter muita paciência com os adultos, afinal eles não compreendem as coisas assim tão facilmente. O pequeno príncipe era astuto, curioso, falador e nunca deixava uma pergunta feita por ele sem resposta.
A nova tradução de Frei Betto atualiza e revitaliza a mensagem deste clássico maior da literatura universal, tornando-o mais atraente para o leitor brasileiro contemporâneo.