Terceiro romance de Carlos Heitor Cony, laureado em 1958 com o Prêmio Manuel Antônio de Almeida, "Tijolo de segurança" foi publicado pela primeira vez em 1960. Valendo-se já no título da metáfora aeronáutica que nomeia o espaço imaginário destinado a proteger aviões de colidirem uns com os outros, Cony trata no livro da inexistência desse espaço de preservação na nossa trajetória pessoal, falta que seria "um símbolo de nossa fragilidade, de nossa disponibilidade para o bem e para o mal". Seus personagens, moradores de uma ilha que vem sendo impactada com os males e as torpezas do mundo, são indivíduos fraturados, marcados por ausências, desassossego, vulnerabilidade e desencontros amorosos.